A cultura é considerada o padrão ouro para o diagnóstico da tuberculose. Poucos laboratórios executam este procedimento por falta de preparo e/ou condições.O meio de Lowenstein Jensen (LJ) é o mais difundido. Exige descontaminação da amostra antes da inoculação, sendo o Método de Petroff o mais usado.
Resumidamente no Método de Petroff, o escarro é misturado ao NaOH 1N e depois de dez minutos o material é centrifugado por 20 minutos e por fim, o sedimento é neutralizado com solução de HCl 1N com indicador. Só então a amostra é inoculada no meio de LJ.
O meio de Ogawa-Kudoh (OK) baseia-se no de LJ, porem sua formulação foi modificada focando otimizar a etapa de descontaminação.
A metodologia OK apresenta as seguintes vantagens:
- Fácil execução;
- Baixo risco de contaminação para o manipulador bem como do cultivo
- Boa sensibilidade para detecção de M. tuberculosis em amostras de escarros.
Por essas razões pode ser empregada nos laboratórios com baixos recursos financeiros e humanos para ampliar a cobertura diagnóstica da tuberculose pulmonar.
Método de Descontaminação:
Este método fornece resultados similares aos obtidos no método de Petroff. Sua aplicação é indicada principalmente para amostras de escarro. É uma técnica rápida e simples, não requerendo o uso de centrífuga. Também permite que um laboratório local, sem recursos de equipamentos, faça a semeadura no meio de Ogawa-Kudoh e envie ao laboratório de referência para incubação e leitura.