Problemas alérgicos são condições clínicas que demandam cuidado e atenção. Os efeitos, sejam moderados ou graves, podem acarretar consequências à saúde física, emocional, nutricional e também social. Por isso, investigar o causador do quadro alérgico é necessário e indispensável para minimizar os efeitos causados no bem estar e qualidade de vida do paciente.
Por isso, é indispensável a realização de exames para descobrir qual alérgeno o paciente possui. O exame será realizado por um alergologista que possui capacidade para identificar qual é o agente causador de sensibilidade no paciente.
Nesse artigo, vamos entender melhor qual a importância do diagnóstico in vitro na investigação de alérgenos. Boa leitura!
Qual a importância do diagnóstico in vitro para alérgicos?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), casos alérgicos atingem até 30% da população mundial. Entre os principais quadros, os de cunho respiratório são predominantes e geram grande preocupação. De fato, a Organização Mundial da Alergia estima que problemas como asma são responsáveis por 250 mil óbitos anualmente e alertam que poderiam ter sido evitados com diagnóstico e tratamento prévio. Além da asma, problemas como alergias alimentares e medicamentosas também tem crescido ano a ano.
Quais as vantagens do diagnóstico in vitro em decorrência dos testes cutâneos?
O diagnóstico in vitro de alergias ajuda a detectar anticorpos IgE (imunoglobulina E) para os principais alérgenos, ou seja, eles servem para identificar e medir a concentração de anticorpos específicos para alérgenos no sangue do paciente. Assim, esse tipo de exame detecta os agentes causadores do quadro alérgico – que podem ser: ácaros, pólen, pelos de animais, alimentos e também medicamentos. Além disso, o diagnóstico in vitro é aplicável também em situações adversas, como:
– Paciente utiliza medicamento de uso contínuo, conhecido por interferir nos resultados do teste cutâneo (de pele). Por exemplo: anti-histamínicos, esteroides e alguns antidepressivos;
– Paciente apresenta instabilidade cardíaca;
– Paciente possui eczema grave, dermatite, psoríase ou outra condição mais agravada na pele que torna o teste inviável;
– Paciente apresenta risco de reação extrema durante os testes cutâneos ou tem histórico de reação alérgica com risco de morte (anafilaxia).
Entendendo a funcionalidade dos testes in vitro
Os testes in vitro medem tanto a IgE sérica específica no sangue, quanto os basófilos sanguíneos ativados após sensibilização. Essa dosagem ocorre através de sistemas automatizados capazes de detectar 95% dos casos de alergia mediados por IgE. As IgE humanas são imunoglobulinas que circulam no sangue periférico como monômeros. Sua concentração no sangue periférico é dependente da idade, constitui aproximadamente 0,0005% do total das imunoglobulinas séricas no adulto e requer métodos específicos e sensíveis o suficiente para detectá-las.
Seus valores são representados por unidades internacionais de quilo por litro (kIU/L). Ainda que os níveis de IgE total sejam baixos, podem ser detectados valores aumentados de IgE específica para determinado alérgeno. A elevação da IgE não é um atributo somente da atopia, sendo encontrada em outras patologias como nas doenças parasitárias, no mieloma, nas doenças inflamatórias crônicas intestinais, na infecção pelo vírus do HIV, ou em doenças raras como a síndrome de Job.
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Referências Bibliográficas:
https://www.siemens-healthineers.com/br/clinical-specialities/allergy